Imagens de crimes que circularam
nas redes sociais e que ganharam o noticiário no fim de semana reacenderam a
discussão sobre o momento da segurança pública em Pernambuco. Nesta segunda
(18), deputados da Oposição foram à Tribuna pedir ao Governo que assuma a
existência de uma crise no setor e solicitar mudanças nas estratégias de
enfrentamento à violência. Parlamentares da base reagiram às críticas,
ressaltando o esforço do Estado para conter o problema.
Outro tema que provocou
intervenções no Plenário foi a obrigatoriedade, instituída em 2015, de que
pessoas presas em flagrante sejam levadas perante um juiz nas chamadas
audiências de custódia. Parlamentares avaliaram que, equivocadamente, muitos
dos autores de crimes violentos apresentados ao Judiciário têm sido libertados,
o que poderia estar contribuindo para a piora nos números da segurança no
Estado.
“O policial prende, passa
horas na delegacia para registrar o flagrante, e com pouco tempo o criminoso
está solto. Isso desestimula o agente”, disse Álvaro Porto (PSD). Para Antônio
Moraes (PSDB), as audiências tornaram também mais longo o procedimento até a
prisão do suspeito, o que deixa desguarnecidas cidades que contam com apenas
uma equipe de policiais, que tem de acompanhar todo o processo. “Não entendo
porque não se pode fazer tudo por videoconferência”, sugeriu.
Vice-líder do Governo, Rodrigo
Novaes (PSD) lembrou que as audiências estão previstas em tratados
internacionais de direitos humanos, mas considerou que “os equívocos cometidos
precisam ser revistos para que não fique a sensação de impunidade”. Terezinha
Nunes (PSDB) sugeriu a formação de uma comissão especial para discutir esses
procedimentos com o Judiciário, além de outras questões relacionadas à
segurança. “Dessa vez a Oposição se mostrou propensa a um diálogo sério, então
precisamos discutir o problema a fundo”, opinou a tucana.
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