Deu na Coluna do Blog de Edmar Lira, que o governador Paulo Câmara
cometeu seu maior erro político em abril do ano passado quando, instigado por
Geraldo Julio, pediu os cargos do PSDB e do DEM no governo por conta das
candidaturas de Daniel Coelho e Priscila Krause à prefeitura do Recife,
desconsiderando que tanto o PSDB quanto o DEM apoiaram a sua eleição em 2014,
esse movimento deixou sequelas insanáveis para a convivência política do governador
Paulo Câmara com Mendonça Filho e Bruno Araújo, que dias depois iriam assumir
ministérios importantes no governo Temer.
Um erro de cálculo que
Eduardo Campos, padrinho de Paulo Câmara, jamais cometeria, e isso instigou
seus aliados de outrora a convergirem politicamente em torno de uma nova frente
que pode colocar em xeque a hegemonia do PSB em Pernambuco que venceu as
últimas quatro eleições seguidas, sendo uma com Eduardo, uma com Paulo e duas
com Geraldo Julio no Recife.
Tanto Bruno Araújo, que
almeja ser candidato a governador, quanto Mendonça Filho, que pretende ser
candidato a senador, já avisaram a aliados que se dependerem deles não
marcharão com a reeleição de Paulo Câmara, e apenas uma intervenção nacional,
ou seja, uma aliança entre o PSB, o PSDB e o DEM em torno de um presidenciável
poderá manter a tropa unida em torno da reeleição do governador Paulo Câmara,
que vive hoje o seu pior momento no governo, com a explosão dos homicídios, o
aumento da passagem de ônibus e o risco eminente de ocorrer rebeliões nos
presídios do estado que colocarão em xeque a já combalida popularidade do
governador.
A chapa Bruno Araújo
governador, Fernando Filho vice-governador, Armando Monteiro e Mendonça Filho
senadores já é vista como pule de dez não só para se viabilizar como fazer
frente com chances significativas de vitória ao projeto hegemônico do PSB em
Pernambuco viabilizado por Eduardo Campos. Tem gente que defende essa aliança
com vistas a reoxigenar a política pernambucana permitindo uma alternância
salutar ao Palácio do Campo das Princesas. O governador Paulo Câmara e o
cenário nacional irão ditar o rumo desta aliança, quanto mais o governo estiver
fragilizado maiores as chances de uma União por Pernambuco repaginada ser
viabilizada.
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