O candidato do PSB à
Presidência, Eduardo Campos, 49 anos, morreu na manhã desta quarta-feira, em um
acidente aéreo em Santos (72 km de São Paulo). A aeronave, com sete
passageiros, caiu sobre algumas casas no litoral paulista. Além de Eduardo,
estavam no avião dois tripulantes os assessores de comunicação Carlos Percol e
Alexandre Severo (fotógrafo), Marcelo Lyra (cinegrafista) e o assessor Pedro
Valadares Neto.
Numa triste coincidência,
Eduardo morre no mesmo dia em que, há nove anos, faleceu o seu avô, Miguel
Arraes.
A presidente e candidata à
reeleição Dilma Rousseff e o postulante do PSDB à Presidência, Aécio Neves
cancelaram as agendas. Dilma, inclusive, fará um pronunciamento sobre a morte
de Eduardo.
O avião modelo Cessna 560XL,
prefixo PR-AFA, vinha do Rio de Janeiro. O deputado Márcio França (PSB-SP), que
receberia Campos no litoral de São Paulo, confirmou o acidente. Ainda segundo
França, três pessoas da região atingida pela queda foram encaminhadas a
hospitais.
Terceiro colocado nas
pesquisas de intenção de voto, Campos, ex-governador de Pernambuco, tinha
compromissos de campanha no litoral paulista nesta quarta. O avião decolou do
aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e pousaria na Base Aérea de Santos,
no Guarujá (86 km de São Paulo).
A candidata a vice na chapa
de Eduardo, Marina Silva, está em sua casa, segundo a assessoria.
“Quando se preparava para
pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego
aéreo perdeu contato com a aeronave. A Aeronáutica já iniciou as investigações
para apurar os fatores que possam ter contribuído para o acidente”, diz a nota
da Aeronáutica, assinada pelo brigadeiro do ar Pedro Luís Farcic, chefe do
Centro de Comunicação Social da Aeronáutica.
História
Economista por formação,
Eduardo Henrique Accioly Campos começou a carreira política como deputado
estadual, chegou a ser ministro e tentava o voo mais alto, a Presidência da
República.
Neto do ex-governador de
Pernambuco Miguel Arraes, ainda na universidade ele começou a militância
política, como presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Economia. Em
1986, participou ativamente da campanha que elegeu para o Governo de Pernambuco
o seu avô.
Ele entrou no PSB em 1990 –
onde permaneceu até sua morte – quando foi eleito deputado estadual. Quatro
anos depois, chegou ao Congresso Nacional, mas não chegou a assumir, ficando no
Estado nos cargos de Secretário da Fazenda entre 1995 e 1998.
1998, voltou a vencer a
disputa para Câmara, sendo o mais votado do Estado (173 mil votos). Reeleito em
2002, destacou-se como articulador do Governo Lula no Congresso. No ano
seguinte, tomou posse como ministro de Ciência e Tecnologia.
Com a morte de Arraes, em
2005, assumiu o comando do PSB. No ano seguinte, disputou e venceu o governo de
Pernambuco, sendo reeleito em 2010 com mais de 82% dos votos válidos. O
desempenho a frente do Governo o cacifou a disputar a Presidência da República.
Informações do Blog da Folha
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