Nascido
no ano de 1927 em Nossa Senhora das Neves (atual João Pessoa), o escritor
Ariano Vilar Suassuna foi um dos principais escritores da literatura nacional.
Dono de um estilo literário único, ele ocupava a cadeira nº 32 da Academia
Brasileira de Letras. Ainda criança se mudou para o sertão e, posteriormente,
seguiu para o Rio de Janeiro, onde seu pai foi assassinado por motivos
políticos, causando assim a volta da família para a Paraíba. Idealizador do
movimento Armorial, ele morreu nesta terça-feira em decorrência de um AVC.
Em
1942, Ariano passou a morar no Recife. Na capital pernambucana ele terminou
seus estudos secundários e iniciou a Faculdade de Direito. Na academia ele
conhece Hermilo Borba Filho e juntos fundam o Teatro do Estudante de Pernambuco,
escrevendo Uma Mulher Vestida de Sol, sua primeira peça teatral, já em 1947. Os
anos seguintes foram bastante produtivos, com uma média de um espetáculo por
ano, ele se viu obrigado a retornar a Taperoá devido a problemas pulmonares em
1950.
Dois
anos depois, já de volta à 'Veneza brasileira', Suassuna passa a se dedicar à
advocacia, mas não deixa de lado sua paixão pelo teatro e escreve algumas de
suas principais obras. Em 1955 escreveu o Auto da Compadecida, sua obra mais
conhecida e considerada um dos textos mais populares das artes cênicas
nacionais. Ainda durante a década de 1950, ele passou a lecionar na
Universidade Federal de Pernambuco, instituição em que trabalhou até o ano de
1994.
Foi
membro fundador do Conselho Federal de Cultura em 1967. Na década de 1970
iniciou o Movimento Armorial, que incentivava o desenvolvimento e o
conhecimento das formas de expressão populares nordestinas tradicionais. Desde
1993 integra a Academia Pernambucana de Letras e em 2000 entrou para a Academia
Paraibana de Letras.
Informações do Leia Já
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