O Hospital Miguel Arraes
(HMA), em Paulista, divulgou na manhã deste domingo um novo boletim sobre o
estado de saúde de Edvaldo da Silva Alves, de 19 anos, manifestante baleado
durante protesto por segurança no município de Itambé. O paciente continua
internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em melhora lenta e gradual.
Edvaldo está acordado, consciente, respondendo a estímulos, mas ainda respira
com ajuda de aparelhos. As visitas permanecem restritas à família, nos horários
determinados pelo hospital. Um novo boletim deve ser divulgado na próxima
terça-feira ou quando e se houver alteração no estado de saúde.
No dia 17 de março, ele
participava de um protesto contra a insegurança, na rodovia PE-75, quando foi
alvejado por um disparo efetuado após um PM fazer menção a quem levaria um tiro
primeiro. Alvejado, sangrando, acabou sendo arrastado por PMs, sendo agredido e
jogado na caçamba de uma viatura e depois socorrido para o Hospital Miguel
Arraes.
As cenas foram gravadas num
vídeo e disponibilizados pela Internet, com um áudio em que moradores do
município gritavam contra a ação da PMPE num protesto pelo qual clamavam por
policiamento e segurança contra assaltantes. Estudantes e outros moradores da
área queimaram pneus e pedaços de madeira, interditando a PE-75 entre os
municípios de Itambé e Goiana. PMs tentavam liberar a rodovia, sem sucesso,
quando ocorreu o incidente.
Na segunda-feira passada, a
Secretaria de Defesa Social informou que instaurou um inquérito policial e um
procedimento administrativo para apurar o disparo efetuado por um policial
militar contra um manifestante durante um protesto por segurança realizado na
sexta-feira passada, no distrito de Caricé, município de Itambé, na Mata Norte.
Em nota, a pasta acrescentou
que desde o dia da ocorrência o caso está sendo investigado pela Delegacia de
Itambé. "As ouvidas de testemunhas,
tanto dos policiais militares quanto dos manifestantes que estavam no local, já
foram iniciadas e continuarão até o esclarecimento dos fatos. É importante
esclarecer que em casos de ação penal pública incondicionada, como o fato em
Itambé, não é necessário prestar queixa na delegacia. O processo é aberto
independentemente de representação. Mesmo assim, o Boletim de Ocorrência (BO)
foi realizado e as investigações correm com celeridade. O Comando Geral da
Polícia Militar abriu Inquérito Policial Militar para apurar a conduta dos
servidores, que foram retirados das funções de policiamento ostensivo até a
apuração completa dos fatos. A Corregedoria da SDS também está atuando no
caso", diz o documento. Informações do Diário de Pernambuco.
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