As lágrimas de Sandro Sérgio
da Silva, guardião da sede do América-PE há 32 anos, começaram a cair ao mesmo
tempo em que o pequeno caminhão de mudança estacionou em frente à casa de
número 3007, Estrada do Arraial, zona norte do Recife. Ele custou a acreditar
que, diante de seus olhos, o clube centenário, dono de seis títulos estaduais,
estava perdendo o local construído em 1951. Dívidas trabalhistas fizeram o
Alviverde perder seu maior patrimônio. No último domingo, foi expedida a ordem
de desocupação fruto de um leilão realizado em 2012.
Responsável por organizar a
mudança para uma casa em Olinda, cedida pelo conselheiro Alexandre Mirinda,
Sérgio, que morava no local com a família, não conteve a emoção ao relatar
o momento da desocupação.
- Foi como se a minha vida
tivesse acabado ali. Nasci e fui criado dentro da sede. Minha casa era a sede
do América. Sou funcionário do clube, mas ali era muito mais que a sede. Era
minha casa. Fui educando dentro daquela casa. Minha vida é o América e hoje eu
me vejo perdido, sem chão. Um clube centenário, uma história brilhante e tudo
isso jogado fora.
Em busca de uma solução para
o caso, Mirinda fez um apelo para a empresa de eletrodomésticos, que arrematou
o local por R$ 2,8 milhões. Para ele, o grupo poderia lucrar mais se usasse a
marca do América-PE e permitisse que o clube seguisse com, pelo menos, uma
parte do local.
Com informações do Globo Esporte
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